Situada em plena encosta da Serra da Arada, abrange uma área de mais de sete hectares e eleva-se 610 metros acima do nível do mar, distando algumas centenas de metros de Carvalhais, concelho de São Pedro do Sul.
A origem etimológica da Cárcoda deriva do vocábulo erudito Cárcoda, que significa: passagem escondida, passagem secreta ou subterrânea. Já a origem cronológica deste povoamento fortificado remonta à Idade do Bronze, (período de civilização no qual ocorreu o desenvolvimento desta liga metálica, resultante da mistura de cobre e estanho…) prolongando-se a sua ocupação até ao Período Romano. Tem, portanto, a designação de Castro Romanizado.
É circundado com uma dupla muralha, e dois cursos de água, que constituía um excelente sistema defensivo para os seus habitantes.
No interior da muralha, a zona de habitação era disposta em pequenas plataformas, onde se construíam as habitações, em pedra, com paredes de mais de dois metros de altura no momento da sua descoberta. As casas construídas pela sobreposição de pequenas pedras assentes em barro, eram construídas em forma circular, oval ou rectangular, cobertas por tègulas e ímbrices.
As primeiras escavações, que tiveram lugar nos anos 50 e 70, puseram a descoberto um vasto espólio arqueológico que compreende cerâmica, vidros, metais, moedas, gravuras rupestres, pias rasgadas na rocha, instrumentos de bronze e ferro, e outros objectos, que se encontram na “Colecção Distrital de Viseu” tendo já estado exposto com todo o destaque, no “Museu Nacional de Arqueologia”, em Lisboa.
Em 2000 foram efectuadas escavações no Castro, coordenadas pela arqueóloga Dra. Ivone Pedro, este trabalho, ainda em fase de execução realizou-se no âmbito de uma candidatura ao programa Leader II, que além da limpeza dos sete hectares do terreno, permitiu melhores acessos, vedação, sinalização, reconstrução de três casas castrejas e a implementação de um posto de informação e de outro mobiliário.
Foi constituído Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto 40361 de 20 de Outubro.
